Dinheiro
Varejo ponta-grossense fecha 2023 com alta de 2,30%
Setor que apresentou maior crescimento foi o de 'Óticas, Cine-Foto-Som'; por outro lado, a maior queda foi o de 'Calçados'
Da Redação | 28 de fevereiro de 2024 - 06:58
O comércio varejista de Ponta Grossa fechou 2023 com mais um
crescimento nas vendas. É o sexto ano consecutivo que o setor vende mais do que
no ano anterior, com crescimento no faturamento, segundo informa o balanço
final da Pesquisa Conjuntural do Comércio, referente ao ano passado, elaborada
pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR). De acordo com o
levantamento, Ponta Grossa ampliou as vendas em 2,30%, valor que é superior à
média estadual, que foi de 0,74% de incremento. No ranking estadual, entre as
seis regiões avaliadas pela pesquisa, Ponta Grossa teve o terceiro melhor
desempenho, com um valor quase empatado com o Sudoeste, que teve alta de 2,38%,
e próximo à líder, que foi Maringá, com incremento de 2,74%.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta
Grossa (Sindilojas), José Loureiro, que também é vice-presidente da Fecomércio,
explica que o crescimento é reflexo do momento de desenvolvimento econômico
pelo qual a região passa. “Essas obras em execução, com essas indústrias
chegando, estão movimentando bastante a nossa economia. Eu tenho conversado com
lojas de materiais de construção, e os lojistas estão informando que estão
contratando pessoas para trabalhar nas obras, e eles estão comprando nas nossas
lojas de comércio. Então quando você contrata e traz essas indústrias pra cá,
gera emprego e isso movimenta toda a economia”, informa Loureiro.
Entre os onze setores do comércio avaliados pela pesquisa em
Ponta Grossa e região, sete apresentou alta nas vendas e quatro teve baixa. As
maiores altas foram dos setores de ótica/cine/foto/som, com aumento de 14,8% em
relação a 2022; das concessionárias de veículos, com incremento de 10,4%; e de
materiais de construção, com alta de 6,2%. Também ficaram positivos os setores
de autopeças, lojas de departamentos, supermercados e vestuário e tecidos.
Tiveram desempenho negativo os setores de farmácias, livraria e papelaria,
combustíveis e calçados – este último liderou a queda, com baixa de 14,6%.
Esse crescimento constante do setor impulsionou a geração de
emprego no setor do comércio nos últimos anos em Ponta Grossa. Entre 2021 e
2023, por exemplo, 3,4 mil novas vagas de trabalho foram abertas no setor,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Hoje, o
comércio emprega 23,6 mil trabalhadores em Ponta Grossa, o que significa que
houve um aumento de 16,8% no número total de funcionários no setor apenas nos
últimos três anos na cidade.
ESTADO
O varejo paranaense fechou 2023 com crescimento de 0,74%, conforme mostra a Pesquisa. Os setores do Estado com os melhores resultados no acumulado do ano foram concessionárias de veículos, que registraram alta de 6,56%; supermercados, com elevação de 4,71% nas vendas; lojas de departamentos, com crescimento de 4,65%; autopeças, com 4,6% e óticas, cine-foto-som, que tiveram faturamento 4,53% maior do que no ano anterior.
Alguns setores, porém, tiveram um 2023 pouco favorável, sobretudo as livrarias e papelarias, com redução de 10,98% no faturamento; combustíveis, com baixa de 5,65% e farmácias, com queda de 5,41%. As festas de fim de ano foram bastante favoráveis para o varejo paranaense, que teve movimento 9,79% superior a novembro. O Natal de 2023 foi melhor do que o anterior e contabilizou crescimento 2,79% nas vendas.
REGIÕES - A região de Maringá registrou a maior elevação no acumulado do ano, com crescimento de 2,74%. Esse bom desempenho teve a colaboração de setores como materiais de construção, que tiveram expansão de 22,2%, bem como combustíveis (4,41%) e lojas de departamentos (3,49%).
Também apresentaram resultados positivos no saldo de 2023, as regiões Sudoeste (2,38%), Ponta Grossa (2,3%), Curitiba e Região Metropolitana (1,07%) e Londrina (1,02%).
Somente a região Oeste encerrou o ano com perdas de 2,18%, sobretudo nos segmentos de livrarias e papelarias (-9,14%), materiais de construção (-8,73%) e vestuário e tecidos (-8,47%).
Com informações: assessoria de imprensa.