PUBLICIDADE

Chuvas atrasam colheita na região

Devido às precipitações dos últimos dez dias, parte do que já está pronto para ser colhido não pode sair do campo. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) de Ponta Grossa, a principal cultura afetada é a batata. Soja e feijão também têm prejuízos

O clima chuvoso vem preocupando os produtores dos Campos Gerais, principalmente os que cultivam batata, soja e feijão. Devido às precipitações dos últimos dez dias, parte do que já está pronto para ser colhido não pode sair do campo.
Segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) de Ponta Grossa, pertencente à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), José Roberto Tosato, a principal cultura afetada é a batata. “As chuvas estão atrasando a colheita e estragando a safra. Os produtores de Castro, Tibagi, Piraí do Sul e Ventania, que são tradicionais produtores de batata, estão enfrentando problemas com a instabilidade do tempo, principalmente por que nesta época do ano é o período forte de colheita desse tubérculo”, comenta ele que atende 18 municípios pertencentes a regional.

Assim como a batata, o feijão e a soja estão sofrendo com a umidade. “Tem casos em que está ocorrendo à germinação do grão no pé mesmo, antes dele ser colhido”, relata Tosato. Além disso, o solo úmido faz com que o maquinário não possa ser colocado em funcionamento. “A perda, em ambos os casos, chega a 5% do que já estava pronto para ser colhido”, completa.

Apesar dos contratempos, Tosato ainda assegura que a safra deve ser uma das melhores em relação à produtividade. “Estamos prevendo para o feijão uma colheita de 3,2 mil quilos por hectare. O levantamento mais atualizado mostra que são cerca de 50 mil hectares plantados, sendo que 15% desse total já saiu do campo”, explica. Ainda com base no Deral, são 546 mil hectares de soja. “Segundo os produtores, a colheita deve ser superior às registradas anteriormente, ficando na casa dos 3,8 quilos por hectares”, revela, completando que 8% do total plantado já foi colhido.

Estradas estão em situação complicada
Além do prejuízo dentro da plantação, as chuvas dos últimos dias estão trazendo transtornos para o escoamento da safra. “As estradas rurais da nossa região estão intransitáveis, cheias de atoleiros”, afirma Tosato.
E não é apenas na lavoura que isso é sentido. “Os problemas nas estradas afetam diretamente os produtores de frangos e suínos, pois as rações não chegam até as propriedades. E se o produto chega é outro problema. Os animais prontos para o abate não podem ser retirados das granjas. Sem falar nos produtores de leite que necessitam das vias para o escoamento do que é produzido quase que diariamente”, conclui Tosato.

Milho não vive a mesma realidade das outras culturas
De acordo com informações repassadas pelo engenheiro agrônomo do Deral de Ponta Grossa, José Roberto Tosato, a colheita do milho já atingiu 85% de sua totalidade.
Graças ao início dos trabalhos em fevereiro, o produto não foi tão afetado pela umidade. “Tivemos sol e chuva nesse período. Diferentemente da soja, o milho consegue ser colhido com um pouco de umidade. Ele demora mais para estragar”, justifica.
A projeção para a região é de que ocorra uma produção média de 9,5 quilos por hectare. No total, foram 100 mil hectares plantados.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE SAFRA

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE