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Crise no transporte pode ter outros culpados?

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Nesta crise interminável no setor de transporte público de Ponta Grossa, é importante medir a satisfação dos empregados da Viação Campos Gerais (VCG) com o trabalho realizado pelo Sintropas. Até que ponto o sindicato efetivamente luta pelos direitos de seus filiados? Outra questão é se verticalização política do sindicato se sobrepõe aos interesses da classe. Há muitos outros questionamentos que devem ser colocados na pauta da discussão e quem pode conduzir este debate é a Câmara de Vereadores. 

Na reunião extraordinária realizada na tarde desta sexta-feira (8), a Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Coletivo, por unanimidade, é irredutível à qualquer proposta de repasse de subsídios da Prefeitura de Ponta Grossa à empresa concessionária. A CPI teve uma decisão baseada na maturidade. É inadmissível que recursos públicos sejam direcionados para este fim, mesmo porque, por mês, a VCG repassa aproximadamente R$ 85 mil ao Sintropas, na forma de ‘fundo assistencial’.

Segundo a CPI, “insta salientar haver uma parcela da população que tem no transporte coletivo sua única opção de deslocamento e, portanto, merece uma presta-ção de serviço adequada. A concessão de subsídios, porém, precisa ser acompanhada por uma rediscussão de todo o desenho de regulação e licitação. É essencial prever contratos mais curtos, e revisar o existente”.

Em dezembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente a proposta (PL 3364/20) que previa o repasse de R$ 4 bilhões da União aos municípios com mais de 200 mil habitantes e também aos estados e ao Distrito Federal para garantir o serviço de transporte público coletivo de passageiros em razão da pandemia de covid-19.

É verdade que o transporte público dinamiza todas as atividades urbanas e é indutor do progresso. O setor contabilizou, de março de 2020 até agora, em torno de R$ 14 bilhões em prejuízo operacional, já descontada a ajuda do governo através de suspensão de contratos e redução de salários. Ao longo da pandemia, 27 serviços de transporte foram interrompidos, com quebra de contratos. Houve ainda 16 mil demissões ou suspensões de contrato de trabalho e 245 movimentos de greve, que atingiram mais de 90 cidades. Ponta Grossa é uma delas.

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