Campos Gerais
Castro faz reunião para discutir tombamento do Centro Histórico
O evento foi realizado no Centro da Juventude e contou com ampla participação, sobretudo de proprietários de casas e estabelecimentos comerciais que estão no Centro
Publicado por Heryvelton Martins | 19 de abril de 2024 - 05:00
Um workshop sobre o Patrimônio Histórico Cultural de Castro foi realizado na quinta-feira (18), colocando em foco as discussões sobre o tombamento do Centro Histórico da cidade. O evento reuniu profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal, representantes da Fundação da Universidade Federal do Paraná para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e da Cultura (FUNPAR), membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, entidades da sociedade civil e a comunidade local.
O encontro, que aconteceu no Centro da Juventude, teve uma ampla participação, especialmente por parte dos proprietários de casas e estabelecimentos comerciais localizados no Centro Histórico de Castro, assim como das pessoas impactadas pelo tombamento dos imóveis, que ocorreu em 2022. A imposição do tombamento por parte da Secretaria de Estado da Cultura, sem um diálogo prévio com a comunidade, proprietários e até mesmo com a administração local, foi amplamente criticada pelos participantes.
Durante o workshop, foram apresentadas explanações por parte da arquiteta e urbanista Rossana Meiko Manaka, analista da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e coordenadora da revisão do Plano Diretor, e de Fabio Domingos, também arquiteto urbanista e membro da equipe de consultoria da FUNPAR. Além disso, o evento proporcionou momentos de discussão, onde os participantes puderam expressar suas dificuldades e sugestões relacionadas ao tombamento.
As principais questões levantadas foram: qual a maior dificuldade em relação ao tombamento? E quais ações a sociedade civil, a Prefeitura e o governo do Estado podem tomar para melhorar o Centro Histórico de Castro? Os participantes apresentaram suas respostas e sugestões, levando em consideração a realidade de cada um.
A iniciativa de reunir a comunidade para discutir o tema recebeu elogios, e foram apontados caminhos para que a Prefeitura e as entidades locais possam colaborar com os proprietários dos imóveis tombados, tornando a conservação menos onerosa e mais acessível. A intenção do workshop era abrir as discussões sobre as normativas que regulamentam o uso e ocupação do Centro Histórico após o tombamento, e esse objetivo foi alcançado.
Assim como a revisão do Plano Diretor, as propostas de ajustes às normativas do tombamento devem ser construídas com base no diálogo com a comunidade, explica a arquiteta urbanista da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e coordenadora do processo de revisão, Gabriela da Silva Olympio. “Ao longo do processo de revisão queremos dar oportunidade à população, para que possam expor suas dificuldades e suas ideias, para construirmos juntos as propostas de melhorias”, finalizou.