Correndo contra o tempo

Ponta Grossa é uma das cidades que enfrenta dificuldades para gerir a questão dos resíduos sólidos. Mas, na região, existem outros municípios que também têm problemas para encontrar soluções corretas para a destinação de resíduos.
No Paraná, a disposição dos resíduos urbanos é feita de forma inadequada em diversos municípios, a maioria ainda dispõe de ‘lixões’ ou de aterros sanitários que não atendem às normas técnicas e ambientais. Este cenário não é consequência da falta de recursos, visto que boa parte dos aterros é financiada com recursos públicos e sim, por falhas de gestão.

É certo afirmar que a manutenção do prazo fixado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aumentou a pressão sobre a Prefeitura de Ponta Grossa, que estuda alternativas para a destinação correta do lixo gerado no município. Atualmente, todo o lixo da cidade é destinado ao aterro controlado do Botuquara, que terá a capacidade esgotada em dezembro.
Com um atraso de mais de seis meses para fechar o aterro e diante do iminente esgotamento do mesmo, a saída encontrada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente é a ampliação da vida útil do Botuquara.

Mas qualquer projeto precisa atender ao que determina a nova política de resíduos sólidos, instituída pela lei federal 12.305. Esta legislação diz que os municípios devem elaborar planos de gestão integrada de resíduos sólidos o que envolve desde o processo produtivo, educação da população, coleta seletiva e por fim, a destinação do que é resíduo, ou seja, que não se conseguiu dar outro destino.

Existe a necessidade de se implementar iniciativas ligadas à conscientização e participação efetiva da sociedade como, por exemplo, a coleta seletiva. Neste sentido, será necessário um maior comprometimento para diminuição dos resíduos destinados aos aterros sanitários, seja por meio da reciclagem, compostagem, reutilização e outras formas sustentáveis, visando à redução dos rejeitos.