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Polo cervejeiro fomenta o plantio de cevada na região

Em função do desenvolvimento do polo cervejeiro nos Campos Gerais e no Paraná, área plantada de cevada na região de Ponta Grossa passa de 5,1 mil para 12,5 mil hectares

A consolidação da Região e do Estado como um polo cervejeiro está fomentando a plantação de cevada nos Campos Gerais e no Paraná. Maior produtor de cevada, com 73% de toda produção brasileira, o Estado registra um crescimento na produção do cultivar, devendo dobrar a área plantada até 2018. Nesta safra, a região que apresentou o maior crescimento na plantação é a de Ponta Grossa, cujo núcleo regional do Departamento de Economia Rural abrange 18 municípios. Na região, houve um avanço de 145% na área plantada, ao passar de 5,1 mil hectares para 12,5 mil hectares, com produção estimada em 45 mil toneladas, 178% mais do que no ano passado.

A Secretaria de Estado da Agricultura, através do Deral, estima que o Paraná deve colher 205 mil toneladas de cevada em 2015, 16% acima do registrado na safra passada, com 176 mil toneladas. A área de produção deve ficar em 50,7 mil hectares, de acordo com o diretor geral do Deral, Francisco Carlos Simioni. A região de Guarapuava concentra boa parte da produção, com estimativa de colher 153 mil toneladas em uma área de 33 mil hectares.

Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional do Deral em Ponta Grossa, lembra que esse crescimento não está relacionado apenas à instalação da Ambev ou da confirmação do Grupo Petrópolis, mas também da instalação de um grande número de cervejarias artesanais na região e em todo o país, além da expansão da Cooperativa Agrária. Isso fez com que houvesse uma expansão por parte das cooperativas, como Batavo, Castrolanda e Coopagrícola. “Essas cooperativas tinham uma presença bem pequena na cevada, mas nesse ano já plantaram mais de 6 mil hectares na região. Elas estão antevendo um aumento da demanda nos próximos anos”.

Com isso, a cevada assume a posição como o segundo principal cultivar de inverno na região. “Depois do trigo, como a aveia preta é usada para semente, acredito que a cevada, a considerar o valor bruto de produção, é o segundo colocado”, completa Vantroba.

RENTABILIDADE
Contratos favorecem mercado
Um dos principais motivos que incentivam a expansão da cevada é a rentabilidade através dos contratos prévios com maltarias. “Para a cevada, é feito um contrato e os produtores sabem quanto vão receber, se tiver dentro dos padrões especificados - ao contrário do trigo, que é mercado aberto, na lei da oferta e procura, que não traz essa segurança. Para o produtor não custa arriscar e, dos 100 hectares de trigo, plantar 10, 5 ou 2 de cevada; vai que ela se sai melhor”, diz Vantroba.

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